AGRONEGÓCIO

Planejamento e acompanhamento de safra: o que fazer para ampliar o rendimento da produção

Passado o mês de novembro, muitos produtores já finalizam a fase de plantio ou, pelo menos, entram na etapa final dessa fase. Com isso, chega o momento de acompanhar a lavoura e se atentar a eventuais necessidades de “correções de rota” para que a safra 2018/19 não tome rumos indesejáveis. Além disso, é importante já colocar em prática o planejamento para a safrinha, que começa em janeiro.

Passado o mês de novembro, muitos produtores já finalizam a fase de plantio ou, pelo menos, entram na etapa final dessa fase. Com isso, chega o momento de acompanhar a lavoura e se atentar a eventuais necessidades de “correções de rota” para que a safra 2018/19 não tome rumos indesejáveis. Além disso, é importante já colocar em prática o planejamento para a safrinha, que começa em janeiro.

A produção brasileira de grãos na safra 2018/19, de acordo com o 2º Levantamento de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), está estimada entre 233,7 e 238,3 milhões de toneladas. Já a área plantada pode variar entre 61,9 e 63,1 milhões de hectares, representando uma safra entre 2,5% a 4,5% superior à registrada no período passado. Com as condições climáticas favoráveis até o momento, especialmente para a soja, muitos produtores avançaram rapidamente no plantio, o que favorecerá o milho safrinha lá na frente, uma vez que o plantio ocorrerá em uma janela mais propícia.

Apesar desse contexto, é sempre importante tomar algumas precauções para ajudar a potencializar o rendimento da lavoura, como, ter um vasto conhecimento sobre tudo que acontece dentro da fazenda. Para isso, organização é fundamental. O planejamento detalhado de toda a safra e a simulação da viabilidade financeira e mercadológica da produção são medidas importantes.

Os dados financeiros são poderosas ferramentas e podem ser utilizados para controlar despesas, projetar investimentos e provisionar o lucro, por exemplo. Lembre-se de considerar o estoque – estoques grandes podem significar recurso financeiro imobilizado e pequenos estoques podem significar risco para a produção – e, também, os gastos com a mão de obra.

Apesar dos híbridos, nesse momento de pré-safrinha, já terem sido escolhidos, é importante escolher sempre sementes certificadas. Quando o produtor compra sementes certificadas, ele tem a segurança que elas cumprem com todas as condições fisiológicas, sanitárias e físicas pré-estabelecidas. Outro ponto relevante é dispor do conhecimento e do suporte de um engenheiro agrônomo na propriedade para auxiliar na tomada de decisão. Por isso, conte sempre com fornecedores confiáveis e capazes de acompanhar o desenvolvimento de sua lavoura.

Durante a semeadura, além das condições ideias de clima – evitando períodos chuvosos -, é importante observar as condições do solo, profundidade da semeadura, população de plantas e a posição da semente e do adubo. Além disso, para extrair o máximo potencial produtivo da lavoura, é de extrema importância adotar Boas Práticas Agrícolas, como a prática do refúgio, o Monitoramento Integrado de Pragas (MIP) e o Monitoramento Integrado de Doenças (MID), ambos até a fase reprodutiva, o manejo adequado de ervas daninhas antes do plantio, durante a produção e pós-colheita, entre outros mecanismos de controle.

Todas as dicas abordadas são de extrema importância, em longo prazo, para auxiliar o agricultor a atingir o máximo potencial produtivo em sua lavoura e, também, contribuir na manutenção dos benefícios trazidos pela tecnologia. É essencial que o produtor plante área de refúgio, pois ela permitirá fazer o manejo da resistência, postergando, assim, o surgimento de insetos-praga capazes de causar danos expressivos ao milho Bt.

*Laercio Bortolini é engenheiro agrônomo, formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, e líder comercial das marcas Agroeste, Dekalb e Sementes Agroceres.

Fonte: INFOREX

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