A administradora de shoppings Allos desenvolveu um guia de Construções Sustentáveis para definir e padronizar expansões e obras retrofit de seus empreendimentos. Os padrões foram definidos a partir de conceitos e premissas técnicas que podem contribuir para redução da emissão de gases do efeito estufa e promover a economia circular.
A partir de agora, projetos de construção em shopping centers deverão respeitar atributos sustentáveis, de acordo com critérios de enquadramento.
O guia desenvolvido para os shoppings da Allos foi dividido em sete temas. Eles consideram, por exemplo, materiais sustentáveis, circularidade e gestão de resíduos, emissões de carbono na construção e gestão de recursos naturais.
Entre as necessidades, estão desde a especificação de materiais com menor impacto ambiental, inclusive com certificados de qualidade e desempenho, passando pela escolha de fornecedores locais, otimização de materiais e redução de desperdício.
As obras dos shoppings da Allos deverão manter o controle da emissão de carbono, da poluição sonora e da qualidade do ar, além de monitorar o consumo de água e de energia elétrica. Para garantir o padrão das construções, a Allos treinou 100% dos gestores de projetos e de construtoras de obras elegíveis.
O projeto piloto teve início em 2024 com o retrofit da fachada do Shopping Del Rey, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Este ano, os elementos descritos no material produzido pela equipe de engenharia da Allos estão balizando as obras no Shopping Uberlândia, também em Minas, e no Parque Dom Pedro, em Campinas (São Paulo), além da expansão do Shopping Tijuca, no Rio de Janeiro, com a criação de um rooftop para receber o Tast Lab, um espaço de gastronomia com restaurantes.
40 indicadores
Segundo o diretor de Desenvolvimento e Novos Negócios da Allos, Mário Oliveira, partir da implementação do caderno de Construção Sustentável, serão obtidos mais de 40 indicadores nas obras dos shoppings, o que permitirá a adoção de estratégias para redução das emissões de carbono.
“Definimos estratégias para atender aos compromissos de sustentabilidade da Allos, com foco no planejamento e monitoramento de projetos e outras expansões da companhia, como a expansão do Shopping Campo Grande, por exemplo, que também serão contempladas neste caderno de Construções Sustentáveis”, afirma Mário Oliveira.
“A Allos foi a primeira empresa do setor a se comprometer com metas ESG para 2030 e 2040, além de ser a única a integrar o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3. E há um direcionamento muito claro sobre as mudanças que precisamos adotar pensando em nossos shoppings como espaços que transformam”, explica o executivo.
Outras premissas:
- 100% das madeiras nativas serradas utilizadas em obra conterão Documento de Origem Fiscal;
- Ao menos 50% da superestrutura do edifício deve ser pré-fabricada;
- Reaproveitar 75% dos resíduos, promovendo reciclagem e economia circular;
- Limite de quantidade de geração de 50 kg de resíduo por m², considerando material de construção;
- 100% dos dados de consumo de energia, água, materiais e transporte devem ser registrados e reportados;
- Adotar iluminação eficiente e fontes renováveis;
- Reduzir em 5% o Potencial de Aquecimento Global, com possíveis atividades como geração de energia fotovoltaica para aquecimento de vestiários e racionalização do uso de combustíveis fósseis, adotando torre de iluminação com sistema solar;
- Adotar o uso de controles de iluminação ou automação para consumo de energia por iluminação e ar-condicionado;
- Reutilizar a água do sistema lava-rodas e caminhões pipa com água de reuso;
- Instalar dispositivos hidráulicos economizadores (torneira de baixo fluxo, vaso sanitários eficientes);
- Implantar sistema de captação de água de chuva, para utilização não nobre;
- Proteção de espécies vegetais;
- Construir clausuras para equipamentos e atividades que gerem ruído e instalar barreiras físicas, como paredes e muros ao redor da obra, para reduzir a propagação sonora para o entorno.
Imagem: Divulgação
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