ECONOMIA

Ibovespa tem alta em outubro, mas cenário externo preocupa para o futuro

Como crescimento interno ainda não acelerou, Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 6,5% ao ano.

Após a primeira reunião pós-eleições, na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 6,50% ao ano. Foi a quinta manutenção seguida, sendo que a taxa, desde março deste ano, está em seu menor patamar da história.

Para 2019 é especulado que o índice chegue à 8%. Valor que faz com que investidores de renda fixa busquem novas alternativas onde encontrar rentabilidade para seu dinheiro.

Entre as possibilidades buscadas surge a taxa referencial. Por vez confundida com a própria Selic, a referencial é dada como uma porcentagem mensal e é calculada pelo Banco Central e divulgada diariamente.

Além disto, ela é utilizada, principalmente, no cálculo referente a Cadernetas de Poupança e empréstimos do Sistema Financeiro de Habilitação (SFH).

A medida existe desde o início dos anos 90. Criada no governo de Fernando Collor de Mello, fez parte do Plano Collor II, como uma forma de contornar a inflação.

Em 2018, é esperado que a inflação acabe o ano em 4,4%, de acordo com o boletim focus, dentro de meta inicial estipulada de 4,5%. O que não significa uma maior estabilidade na economia nacional.

Porém, especialistas do mercado financeiro apontam que apenas investimentos em renda fixa não são o suficiente para obter altos retornos no mercado financeiro. Ao contrário, para boa parte dos perfis de investidores, a renda fixa deve ser utilizada apenas para a reserva de emergência ou para manter o dinheiro até que ele possa ser investido em uma boa oportunidade.

Por isto, geralmente o recomendado como melhor alternativa é criar uma carteira de investimentos diversificada e equilibrada. O aconselhado é que se tenha investimentos espalhados entre a renda fixa, fundo imobiliário e ações.

Ações têm mais volatilidade

Entre as três opções, o investidor de ações teve uma segunda quinzena de outubro agitada. Isto porque houve a divulgação dos balanços da maior parte das grandes empresas, referentes ao terceiro trimestre de 2018.

Fator que influenciou, junto ao término das eleições, nas variações que aconteceram no Ibovespa, que encerrou o mês de outubro com valorização de 10,18%.

Porém, parte dos agentes do mercado defendem que está alta é excepcional, principalmente com as notícias de que o cenário externo está nebuloso nos próximos meses.

Portanto, parte dos investidores buscam em investimentos voltados para o longo prazo uma forma de amenizar tal volatilidade. Para isto, um dos preceitos importantes é entender o que é análise fundamentalista, pois é uma prática utilizada que compreende toda complexidade do mercado financeiro.

Fonte: Sunoresearch

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