
Os Estados Unidos avaliam impor novas sanções à Rússia caso o país rejeite um acordo de paz com a Ucrânia. Entre as medidas em estudo estão ações contra navios petroleiros usados para driblar sanções e contra empresas que ajudam a exportar o petróleo russo. Isso reforça a percepção de que um acordo para encerrar o conflito ainda está distante.
Ao mesmo tempo, o presidente Donald Trump afirmou que a Venezuela está cercada por forças navais dos EUA, em uma tentativa de bloquear a saída de petróleo do país, que já sofre sanções internacionais. Trump ordenou na terça-feira um bloqueio de todos os navios petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela, no mais recente movimento de Washington para aumentar a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro, mirando sua principal fonte de receita.
Ainda não está claro como Trump pretende implementar a medida contra essas embarcações nem se recorrerá à Guarda Costeira para interceptar os navios, como fez na semana passada. O governo deslocou milhares de soldados e quase uma dúzia de navios de guerra, incluindo um porta-aviões, para a região
Impacto limitado
Apesar do aumento do risco político, o impacto sobre os preços tende a ser limitado. Isso porque o mercado global caminha para um excesso de oferta de petróleo, e a produção venezuelana representa hoje menos de 1% do total mundial.
As sanções contra a Rússia, até agora, não reduziram de forma significativa suas exportações de petróleo. Ainda assim, Moscou afirma que as medidas dificultam a retomada das relações com os Estados Unidos.
O petróleo deve fechar o ano em queda, já que a produção global continua crescendo mais rápido do que o consumo. A Opep+ vem aumentando a oferta, e outros países também estão produzindo mais, o que gera preocupação com sobra de petróleo no mercado.
A produção da Venezuela se recuperou desde 2020, mas ainda está muito abaixo do que já foi no passado. No mês passado, o país exportou cerca de 590 mil barris por dia, enquanto o consumo mundial supera 100 milhões de barris diários. A maior parte do petróleo venezuelano tem como destino a China.
Com isso, o Brent subiu para perto de US$ 60 por barril, enquanto o petróleo americano (WTI) também registrou alta.
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