ECONOMIA

Setor de dispositivos médicos quer mais compras públicas e busca novos mercados

O segmento de dispositivos médicos equipamentos é um dos setores industriais afetados pelo tarifaço de 50% aplicado para bens importados do Brasil pela administração de Donald Trump e tem feito esforços para mitigar os efeitos da política comercial agressiva dos EUA. A ABIMO, associação do setor, tem mantido conversas constantes com o Ministério da Saúde para ampliar as compras públicas do SUS e se articula com a Apex-Brasil para buscar mercados alternativos aos Estados Unidos.

Termina nesta terça-feira (2) o prazo para fabricantes filiados à Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos se cadastrarem para uma rodada de negócios online que a Apex-Brasil vai realizar com compradores da Eurásia do setor de dispositivos médico-odontológicos e soluções farmacêuticas.

Esse encontro digital será realizado em novembro, em data ainda a ser definida, e haverá uma seleção final para a participação de algo entre 10 e 15 empresas com maior potencial de exportar.

Segundo dados da ABIMO, apenas em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 300 milhões em dispositivos médicos para o mercado norte-americano. Os bens incluídos nessa categoria servem para diagnosticar, prevenir e tratar enfermidades, como estetoscópios, oxímetros, aparelhos de pressão, equipamentos para tratamento e prevenção como seringas e bandagens, e dispositivos implantáveis como stents e marca-passos.

Além da disposição de buscar novos mercados, o setor também espera que seja acelerado um programa de preferência nacional nas compras do SUS, incluído no PAC, com R$ 2,6 bilhões reservados, segundo reportagem da revista IstoÉ Dinheiro. A publicação diz que A ABIMO quer aproveitar a crise para defender uma ampla modernização da rede hospitalar pública nacional.

O presidente da Associação, Jamir Dagir Jr., disse em agosto, após encontro com o ministro Alexandre Padilha, que o setor também sofre efeitos indiretos da medida comercial americana. “Tratamos dos impactos do ‘tarifaço’ em outros países, que vêm pressionando cada vez mais o mercado brasileiro devido à inundação de produtos importados em busca de novos compradores. Esse será mais um desafio para a indústria nacional”, disse.


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