Estudo identifica novos trechos de vegetação natural na Mata Atlântica
Adequação ao Código Florestal pode tornar o bioma um exemplo mundial de restauração ecológica em 10 anos
A Mata Atlântica é o bioma mais devastado no Brasil, devido à urbanização, à industrialização e à expansão agrícola. De acordo com os levantamentos do SOS Mata Atlântica junto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apenas 16% da vegetação nativa não havia sido destruída, abrigando cerca de 23 mil espécies.
O estudo, publicado no periódico científico Perspectives in Ecology and Conservation, que conta com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, revela que o bioma se estende por 32 milhões de hectares ao longo da costa do país, passando por 17 estados. A floresta abriga 125 milhões de brasileiros e as atividades realizadas no local são responsáveis por 70% do PIB do País.
O doutor em Ecologia Jean Paul Metzger, participante do estudo, afirma que a Mata Atlântica traz muitos benefícios ao país, por assegurar a provisão de água, amenizar os efeitos das mudanças climáticas e melhorar a qualidade do ar. Membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, ele ressalta que, apesar de a área de vegetação nativa ser maior do que se imaginava, o cenário ainda é preocupante.
Além de melhorar a qualidade de vida da população e dos animais, a restauração da floresta para a adequação ao Código Florestal deve gerar novas oportunidades de renda a partir do trabalho de reparação.
Fonte: Rede de Especialistas de Conservação da Natureza