INDÚSTRIA

Consumo de energia na indústria foi tema de evento na Amcham-Curitiba

O 2° encontro do Comitê de Energia da entidade tratou da manutenção preditiva como solução para garantir a eficiência energética nas indústrias. Setor é o que mais consome energia elétrica no país

Cerca de 50 profissionais das áreas industrial e elétrica do Paraná estiveram reunidos no 2° encontro do Comitê de Energia da Amcham-Curitiba, realizado nesta quarta-feira, dia 22 de maio, em parceria com as empresas Reymaster Materiais Elétricos e Engerey Painéis Elétricos. Eles acompanharam a palestra do convidado Vittorio Caccia, Engenheiro Eletricista e Desenvolvedor de Negócios para a área de automação da Siemens.

O palestrante abordou o tema “A verticalização da automação como ponto central para otimização do processo produtivo nas indústrias”. Para ele, a automação está englobando cada vez mais novas funções na área da indústria e há uma série de soluções possíveis para os problemas de uma planta industrial. O foco da discussão, contudo, foi para o modo como a automação pode promover a manutenção preditiva e a eficiência enérgica, otimizando processos e o consumo energético.

Vittorio Caccia contou que a manutenção preditiva é uma maneira fácil e prática de fazer com que uma planta produza cada vez mais em menos tempo, sendo que esta solução pode ser aplicada em todos os tipos de indústria. Através dela, faz-se a observação do sistema industrial constantemente e realiza-se a detecção antecipada de problemas, garantindo que a produção funcione com o mínimo de interrupções possível. Com um sistema mais tecnológico de detecção de falhas é possível, por exemplo, detectar, até mesmo remotamente, temperatura, vibração e velocidade do sistema e das máquinas e programar a manutenção da indústria para que ocorra automaticamente.

O especialista garantiu que, através desse tipo de manutenção, as plantas podem operar por 24h sem parar: “É possível diminuir a velocidade da operação de uma máquina que está com os dias contados, de forma que ela continue operando por mais dois ou três meses em um regime menor, mas que mantenha a engrenagem funcionando até que seja possível realizar a substituição, de forma que a planta não pare”.

A verticalização da automação garante, portanto, a coleta de dados diretamente no chão da fábrica e realiza diagnósticos muito precisos, o que favorece a manutenção preventiva e também possibilita a eficiência energética de um ambiente industrial. É possível, por exemplo, colocar medidores de consumo energético nas máquinas e, depois de serem feitas análises comparativas, diminuir o ritmo de um equipamento para que gaste menos em um período em que a energia é mais cara. Essas análises podem ser feitas através de softwares, sistemas em nuvem, aplicativos, entre outros.

Vittorio afirmou que a grande preocupação para o setor industrial hoje é a eficiência energética, porque os equipamentos estão cada vez mais tecnológicos, exigindo maior demanda de energia, que resulta em uma conta alta no final do mês. “Quanto maior a eficiência energética das máquinas e dos sistemas, maior será o rendimento da fábrica como um todo”.

Fabrício Couto, Coordenador Técnico da EQS Engenharia, que atua com manutenção preditiva, preventiva e corretiva, participou do evento e acredita que encontros como esse são muito relevantes. “Quanto mais conseguirmos automatizar a indústria, pra ter essa informação instantânea, melhor será, pois antecipamos a manutenção, programando-a e diminuindo o custo de uma parada”, relatou.

“A indústria é hoje o setor que mais consome energia no país e por isso espaços para debates como este promovido pela Amcham são importantes. Assim, empresários e profissionais da área podem ter acesso às soluções tecnológicas que levam à economia”, finalizou Marco Stoppa, diretor da Reymaster Materiais Elétricos.

 

Fonte: Inforex
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