Ramax abre porta a pequenos produtores para exportação de carne bovina, afirma Magno Gaia
A trading financia e dá suporte técnico e logístico para produtores para que possam vender principalmente na Europa e Oriente Médio, com expectativa da abertura dos Estados Unidos e outros mercados
Após acumular 10 anos de experiência na exportação de carne bovina do Brasil para diversos mercados no mundo, o empresário Magno Gaia decidiu focar sua expertise em um nicho específico. Por meio da trading Ramax, ele atende o crescente segmento dos produtores de pequeno e médio porte, ávidos pelo acesso ao mercado consumidor global. – A Ramax abre porta a pequenos produtores para exportação de carne bovina, afirma Magno Gaia.
O mercado começa a dar sinais de retomada, com vendas externas de 178,51 mil toneladas, que representa crescimento de 32%, comparado com o mesmo mês do ano passado. De olho nesses números, a Ramax, que foi criada em 2017, dá o suporte logístico para exportação, abre novos mercados aos seus clientes e financia a operação a países da Europa, Oriente Médio, África e Extremo Oriente.
A empresa dispõe de filiais nos Estados Unidos e no Líbano, que atuam diretamente junto aos importadores para facilitar os negócios. Além disso, os fornecedores são pagos no ato do carregamento do produto. Um seleto grupo de cerca de 40 produtores. “Os pequenos e médios não acessam o mercado da exportação por falta de conhecimento e o temor dos riscos financeiros e comerciais”, frisa o empresário Magno Gaia.
Ao selecionar os melhores compradores e financiar a operação, a Ramax contribui para eliminar o risco do produtor. A empresa também está ampliando as certificações de diversos frigoríficos, principalmente na região norte do estado do Mato Grosso, diante da expectativa de retomada de importações de carne brasileira pelos Estados Unidos. Na semana passada, a Rússia anunciou a reabertura de seu mercado e autorizou nove frigoríficos brasileiros voltarão a exportar carne ao país. “Há também a expectativa de que o Canadá e a Indonésia passem a comprar nosso produto”, avalia o empresário Magno Gaia.
Além da presença da Ramax na exportação, Gaia também atua diretamente como produtor, por meio do frigorífico Top Beef, em Colorado (PR), que abate 600 cabeças de bovinos por dia, e de 16 mil bovinos mantidos em confinamento em Juara (MT). A complementariedade dos negócios permitem o conhecimento de toda a cadeia do boi. “Lidamos com a produção, desde a origem, negociação de preços do boi magro, engorda de animais, venda e abate. Não há outra empresa brasileira que atue em todas as etapas”, sintetiza o empresário.
ORLEANS INTERNATIONAL
Atualmente, a Ramax está em negociação com a Orleans International, principal importador de carne dos Estados Unidos, que tem interesse em firmar uma joint venture com a companhia brasileira. As duas empresas estudam a possibilidade de formar uma trading especializada em agronegócio.
FEIRA SIAL DE PARIS
No mesmo de outubro, a Ramax participou da Sial Paris, uma das maiores feiras de alimentos do mundo, que manteve em sua programação o Arab Halal Day. Essa ação promoveu a carne bovina e de frango produzidos no Brasil segundo a tradição halal, que determina como alimentos podem ser processados sem ferir os princípios da religião muçulmana.
No Brasil, a Ramax orienta os produtores sobre como atender às condições do halal e certificar o produto, pressuposto necessário à exportação para países muçulmanos. A partir da feira Sial, a Ramax teve a oportunidade de ampliar seus negócios e fechar vendas de aproximadamente US$ 10 milhões, já em novembro.
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