Cresce o uso de torres de vigilância, mas integração define eficácia

Equipamentos se expandem para além de condomínios e exigem conexão com sistemas de controle de acesso para garantir segurança real.

O uso de torres de vigilância com câmeras cresce no Brasil, impulsionado pela preocupação com o avanço da criminalidade e das facções organizadas. Antes restritas a condomínios residenciais, essas estruturas agora estão presentes em prédios comerciais, centros logísticos e outros espaços que precisam monitorar a movimentação de pessoas e veículos.

Segundo Marco Barbosa, diretor da unidade brasileira da Came, empresa especializada em controle de acesso, o aumento dessas torres não garante, por si só, maior proteção. “A eficiência depende da integração com outros equipamentos que formam o sistema de segurança. Só assim é possível obter resultados concretos”, explica.

Barbosa destaca que torres com câmeras equipadas com inteligência artificial — conectadas a bancos de dados policiais — ajudam na identificação de pessoas procuradas e na inibição de crimes. Ainda assim, o funcionamento coordenado com cancelas, catracas e outros dispositivos é essencial para aumentar a segurança de fato.

O mercado de segurança eletrônica reflete esse avanço. A pesquisa Panorama 2024/2025, da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), aponta que o setor faturou R$ 14 bilhões em 2024, alta de 16,1% em relação a 2023.

O crescimento está ligado à desconfiança da população e das empresas quanto à eficácia das políticas públicas de segurança. Mesmo com R$ 153 bilhões investidos pelo Estado em 2024, aumento de 6,1% sobre o ano anterior, a percepção de insegurança permanece. “Com o crime organizado fortalecido e uma legislação permissiva, a proteção individual e corporativa se torna indispensável”, afirma Barbosa.

O executivo também menciona o Came Connect, plataforma que integra o controle remoto de torres e outros dispositivos de segurança. Com ela, é possível acionar portões, cancelas e barreiras, além de monitorar equipamentos em tempo real via celular ou tablet. O aplicativo envia alertas imediatos sobre tentativas de invasão ou comportamentos suspeitos, reforçando a automação e a resposta rápida nos sistemas de vigilância.

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Foto: Divulgação


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