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Logística no fim de ano enfrenta gargalos fiscais no Brasil

À medida que o fim de ano se aproxima, a logística no Brasil entra em um dos períodos mais críticos do calendário operacional. Informações do mercado indicam que a movimentação de cargas em hubs logísticos e centros de distribuição pode crescer até 35% entre 15 de dezembro e 5 de janeiro, segundo associações representativas dos operadores logísticos. Como consequência, aumenta o risco de congestionamentos justamente nos principais corredores de escoamento do país.

Esse crescimento ocorre, ao mesmo tempo, em que a pressão por entregas rápidas e por conformidade fiscal se intensifica. Transportadoras que atuam nas regiões metropolitanas do Sudeste relatam retenções que chegam a 72 horas, especialmente em períodos de pico. Assim, a combinação entre alto volume, janelas logísticas mais curtas e exigências regulatórias eleva o nível de tensão em toda a cadeia.

Logística no fim de ano enfrenta gargalos fiscais e congestionamento em hubs no Brasil, diz Emiteaí

O cenário evidencia um desafio estrutural da logística nacional. Enquanto o varejo digital e o comércio eletrônico demandam maior velocidade e previsibilidade, a infraestrutura disponível e os sistemas fiscais tradicionais nem sempre acompanham esse ritmo. Analistas apontam que esse descompasso tende a gerar impactos econômicos relevantes, afetando transportadoras, operadores logísticos e varejistas.

Gargalos fiscais e impacto direto nas operações

Um dos principais pontos de atenção está na emissão dos documentos fiscais que acompanham cada carga. Para o setor, falhas ou lentidão nesse processo vão além de um problema burocrático e passam a atuar como bloqueadores operacionais. “Quando os hubs operam no limite, qualquer falha fiscal vira um gargalo imediato. A doca não gira, o caminhão não sai e toda a cadeia sente o impacto”, afirma Ewerton Caburon, CEO da Emiteaí, empresa especializada em automação fiscal para logística.

Com sede em Blumenau, a Emiteaí já processou mais de 480 milhões de documentos fiscais eletrônicos no país, atuando na emissão, integração e rastreamento das informações que sustentam operações logísticas. Segundo Caburon, quando integrada aos sistemas de gestão e transporte, a velocidade de emissão pode reduzir filas e acelerar a saída de cargas. “Emitir corretamente e em até 1 minuto não é só eficiência: é uma medida de sobrevivência para manter a operação fluindo no pico de fim de ano”, diz.

Além dos entraves operacionais, os congestionamentos também pressionam os custos logísticos. Institutos que acompanham o setor estimam um aumento médio de 12% nos custos operacionais durante o período de maior movimento. Esse avanço decorre da soma de fatores como espera prolongada de veículos, reentregas, uso mais intenso de mão de obra e equipamentos, além de penalidades por atrasos ou falhas de conformidade.

Ao mesmo tempo, o setor segue em expansão, impulsionado pelo crescimento do e-commerce e pela digitalização de processos. Projeções setoriais indicam que o mercado brasileiro de logística deve crescer mais de 20% nos próximos anos, mesmo diante de desafios persistentes de infraestrutura e mão de obra.

Nesse contexto, especialistas reforçam que a logística de alta performance depende da integração entre transporte, armazenagem e fluxo documental. Para Caburon, a relação é direta: “A logística de ponta a ponta não existe sem um fluxo de documentos que seja tão rápido quanto a própria entrega. Quando os dois não estão alinhados, o resultado é literalmente uma fila de caminhões parados — e isso custa caro para todo o setor.”


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