Recuo das operações financeiras dos maiores bancos do Brasil leva ex-banqueiro a investir em fintech focada em cashback e criptomoedas
Recuo das operações financeiras dos maiores bancos do Brasil leva ex-banqueiro a investir em fintech focada em cashback e criptomoedas
Um estudo, publicado há sete meses, do economista Roberto Luis Troster, feito a partir de dados do Banco Central, mostra que concentração bancária nas maiores instituições do Brasil diminuiu nos últimos quatro anos, de 77,3% para 69,9%, entre 2014 e 2018. Entre 2014 e 2018, a participação dos cinco maiores bancos do País no total de operações financeiras recuou, de 77,3% para 69,9%.
No sentido inverso, as fintechs avançam: de acordo com o relatório “Fintech na América Latina 2018: crescimento e consolidação”, publicado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Brasil é o país com maior número de empreendimentos. Em 2014 existiam aproximadamente 50 fintechs; hoje elas são cerca de 400 e atraem investimentos milionários.
Atento a essa mudança de cenário no Brasil e no exterior, depois de 34 anos à frente do Banco Máxima, o empresário Saul Sabbá decidiu investir na fintech Start Pay, criada em 2019, impulsionando o cashback, prática já popular nos mercados desenvolvidos, em que, ao comprar um produto ou contratar serviço, o consumidor recebe parte do valor pago de volta.
“A Start Pay foi lançada em Mato Grosso, em 2015, com foco em pagamentos por QR-Code. Em 2019, decidi buscar fintechs para investir e identifiquei potencial na então startup. A empresa agora está sediada na capital paulista e, desde a nossa associação, o aplicativo disponibiliza mais serviços oferecidos e atraímos grandes empresas do setor de varejo,” explica Saul.
A Start Pay opera com o conceito easy wallet: pagamento móvel com cartão de crédito, Ted bancária, cashback, doação e na compra, venda e uso no pagamento de criptomoedas e, ainda, oferece Cashback de até 20% do valor gasto. Mantém parcerias com cerca de 150 marcas e estabelecimentos, como a rede de supermercados Carrefour, Amazon, AliExpress, Netshoes, Nike, Livraria Saraiva, Calvin Klein, CVC e Agaxtur, Vans, Rosa Chá, Lojas Renner e a Sony Store.
Os pagamentos são feitos pelo telefone celular, via QR Code. “Cobramos do lojista uma taxa de 1,5% por transação, com o pagamento em cinco dias”, diz Sabbá. Nas tradicionais maquininhas processadoras de transações, o lojista paga de 2,5% a 3%, e recebe o dinheiro somente 30 dias após passar o cartão.