Automação avança no País, revela pesquisa da GS1 Brasil

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A digitalização da vida cotidiana tem ganhado força no Brasil nos últimos oito anos. Em âmbito nacional, o Índice de Automação de Consumidores, levantamento da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, chegou a 0,30 em 2024, o que representa aumento de 100% em relação ao início da apuração, em 2017, quando o patamar era de 0,15.
Ao longo dos oito anos analisados, todas as regiões brasileiras apresentaram crescimento significativo no índice, o que reflete ampla expansão da automação e da digitalização no cotidiano da população, ainda que em diferentes ritmos.
No entanto, no ano passado, o destaque ficou por conta da convergência dos índices, com todas as regiões se aproximando da média nacional ao mostrar que a automação não é mais restrita a centros urbanos ou a áreas mais ricas.
O resultado mostrou que a digitalização está avançando de forma mais equilibrada pelo País. Prova disso é que o Norte partiu do menor patamar em 2017 – 0,11 – e alcançou 0,28 em 2024. Apesar de ser a última região no ranking, foi a que mais reduziu sua distância em relação às demais, demonstrando progresso significativo na inclusão digital e no acesso a tecnologias. O Nordeste avançou de 0,12 em 2017 para 0,29 em 2024. O Centro-Oeste também acelerou em conectividade e acesso a dispositivos digitais, passando de 0,13 para 0,30. Na Região Sul, o índice teve evolução de 0,14 para 0,30. O Sudeste, por sua vez, manteve patamares que ultrapassam a média nacional, com maior nível de automação ao longo de toda a série, e atingiu o índice de 0,31 em 2024.
Metodologia
O estudo acompanha, desde 2017, a incorporação de tecnologias e recursos automatizados em diversas esferas da vida dos consumidores, como: compras, saúde, mobilidade, educação e relações sociais.
A pontuação varia de 0 a 1, sendo que o índice mais próximo de 1 tem maior nível de automação, tecnologia e digitalização adotado pelo consumidor. A amostra da edição 2024 entrevistou 4,2 mil consumidores em todo o País, a partir de 18 anos de idade até 50+, com metodologia quantitativa em coleta de dados por meio de painel on-line.
Confira, a seguir, o resultado detalhado:
Conectividade
Segundo os dados mais recentes, referentes a 2024, a conectividade se manteve como o aspecto mais avançado. O acesso à internet, que registrava índice de 0,48 no início da série histórica, atingiu 0,72 neste ano — alta de 50%. Para a associação, o resultado indicou consolidação da internet como infraestrutura básica para as demais transformações digitais.
Aplicativos
Outro destaque do levantamento apareceu no uso de aplicativos. A categoria avançou de 0,17 em 2017 para 0,41 em 2024, refletindo o aumento expressivo do uso de plataformas de mensagens instantâneas, redes sociais, serviços de entretenimento e mobilidade urbana.
Itens pessoais
Embora ainda tenha permanecido em patamar baixo, o uso de dispositivos conectados à saúde e bem-estar cresceu de 0,1 para 0,13.
Residência
Um dos itens que surpreenderam foi de automação de residências, com recuo leve de 0,18 e 0,14. O uso de digitalização, no entanto, permaneceu estável em itens, como lâmpadas, mas houve desaceleração em equipamentos de segurança, por exemplo, portão automático, alarme, circuito interno de câmeras.
Veículos
A conectividade e sensores nos veículos se manteve em ascensão gradual, saindo de 0,06 em 2017 para 0,12 em 2024.
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